Roubada aqui.
A Festa é o meu balanço anual. O meu reencontro comigo e com os outros. E com as coisas em que acredito.
A Festa cheira a terra quente e a vinho tinto. Cheira a Alentejo com pedaços de Tejo. Sabe a queijo de Serpa e ovos moles de Aveiro*.
A Festa conheceu-me na barriga da minha mãe. Viu-me miúda a reecontrar aquela amiga. Aturou-me amores de adolescente e secou-me lágrimas. Deu-me gargalhadas e conversas deliciosas. Conheceu-me grávida e com o G. ao colo – convencido que a mãe o tinha levado a um jogo do Benfica.
No primeiro fim de semana de Setembro revejo os dias que se passaram e tomo resoluções difíceis. Saboreio uma caixa de dúzia* e peço desejos. É a Festa!
Avante Camarada. Pro ano prometo que vou la com uma bandeira de Cuba e uma T-Shirt do Che… e claro, a fumar um belo charuto cubano. Viva o Povo. Vivam os Camaradas. Viva a Festa do Avante.
Não há festa como esta…