A reserva

Começo este post assumindo o erro: eu abuso da reserva do carro. Se o meu querido amigo C. ler este post recordará o terror com que atravessava a ponte, nos tempos de faculdade, com a visão da luzinha da reserva insistentemente acesa. Com este carro já testei o limite e fui obrigada a ir buscar uma garrafinha de gasóleo à bomba mais próxima.
Na noite de sábado [já madrugada de domingo], depois de um jogo com probabilidade elevada de problemas cardíacos e de ir buscar o meu filho que só adormceu quando o sentei no carro, considerei a hipótese de atestar o depósito antes de parar.
Parei na última bomba antes de chegar à ponte. Carro atestado, gasóleo pago e nada. Perante o barulho do nada os cavalheiros que estavam na fila para pagar viraram-se para o centro dos acontecimentos: uma mulher com uma criança e um carro morto.
Arrumei o cachecol do meu Sporting – há coisas que não se sujam de óleo – abri o capot e usei as lições da minha última aula de mecânica para-quem-abusa-da-reserva-de-um-carro-a-gasóleo. Regressei ao carro, limpei as mãos e liguei o carro.
Perante a ausênia de palmas [e de qualquer oferta de ajuda] agradeci com um gesto feio.

10 comentários em “A reserva”

  1. Lol, eu tenho imenso preguiça de ir por gasolina… Também abuso até às ultimas e no último ano já fiquei apeada três vezes, sendo que uma delas em plena A1, com direito a multa por andar a pé na autoestrada, falta de triangulo e colete não fosse a autoridade um amor e tivesse resumido o caso a 120 euros… E ainda assim, não aprendi! :$

  2. Eu sou precisamente ao contrário! Tenho horror à reserva do carro. Assim que a luzinha acende, lá vou eu a correr para a bomba de gasolina mais próxima! É quase um caso obsessivo-compulsivo =)

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