Ontem, depois de ler um comentário que me deixaram, fui deitar-me a pensar [uma vez mais] nesta coisa de ter um blog.
O meu blog são pedaços de mim. Como entidade humana, provida de personalidade, angústias, alegrias e outros pensamentos sem objectivos existencialistas. Eu, com tudo o que me rodeia.
O meu blog são pedaços disperços. E uma visão unilateral das várias histórias que compõe a minha vida.
O meu blog é só isso. Não permite concluir nada.
Não permite conhecer as pessoas que me rodeiam. Nem a casa onde vivo. Não permite sequer saber se estou a sorrir ou a chorar.
Desabafos são pensamentos interiores. São partes.
Que não permitem concluir o todo.
Se alguma coisa deste blog se pode concluir da minha pessoa é que acima de tudo está o filho que trouxe [trouxemos] ao mundo, de forma consciente e assumida.
Não tolero que alguém ponha em causa o ambiente em que o meu filho vive.
Porque isto é só um blog. O meu blog.
Não são verdades absolutas. Nem a camâra do Big Brother na minha vida. Exponho-me a mim. Não me interessa o que possam concluir sobre mim.
Mas não quero que aquilo que escrevo possa levar alguém a concluir seja o que for sobre a vida do meu filho…
Repenso sobre o que devo escrever. Se devo escrever.
A mim parece-me que não devias dar ouvidos (olhos) a comentários de pessoas que nem sequer se identificam.
E isto sim, é a parte negativa dos blogs, a exposição que dá liberdade a qualquer um de criticar e opinar. Tmabém foi para isso que se inventou o “Delete Comment”. 😉
A tua vida é tua, ninguém tem nada a ver com isso. Mesmo que a descrevas num blog.
*
…um blog é só um blog..um blog é um gesto..um só gesto por entre uma vida inteira…
Por muito que queiramos ignorar…as palavras, sejam de quem for a lançar-nos uma critica directa sobre algo tão pessoal e importante, marcam. Deixam-nos a pensar. Eu compreendo. E sei que dilema estás a atravessar. Eu confesso que me autocontrolo imenso a escrever. Que há coisas que às vezes estão para sair e não saiem por minha propria censura. Por isso também já pus em causa isto do blog. Mas vou ultrapassando. Serve tão só e apenas como diário e registo de uma série de pormenores que de outra forma se que não guardaria…agora tudo o que vai para além disso…fica comigo. Não se trata de mentir nem tentar ser aquilo que não sou. tudo o que escrevo é verdadeiro. Não escrevo é tudo.
O que existe de mal em muitas pessoas é que faz da vida de quem escreve uma novela. Aos poucos imaginam-se rostos, locais e vivências, experiências de vida, alegrias e tristesas. Para muitos que aqui “expreitam” a tua vida e dos que te rodeiam pode ser um motivo de critica, porque não perdem tempo a sentir as linhas que escreves, limitam-se a criticar, a opinar sem nunca isso lhes ter sido pedido.
Existem limites de exposição, mas nunca nos devemos preocupar com isso,comentários mal infundados, são mesmo isso.
Beijinhos.
Então depois de ler estes comentários apercebo-me que infelizmente as pessoas não aceitam opiniões, não se tratou de crítica mas sim de uma opinião diferente da Vossa! será que devo pedir desculpa por isso?há meses que sigo este blog..e gosto de verdade! Mas tbm acho que este espaço de comentários não serve apenas e só para fazer “festinhas na cabeça”…não quero que ninguém leve a mal esta minha exposição e além disso não sou anónima mas se formos a pensar é no mínimo ridículo eu colocar aqui o meu nome visto que não existe qq tipo de autenticação para tal, para comprovar a veracidade dos meus dados, podemos sempre inventar um nome certo?. Desculpem. Um beijinho para o pequenino principe G.*
Ser anónima não tem qualquer problema.
Eu expus a minha preocupação. Porque entendo. Mas custa-me.~
Tem o seu espaço. Sempre.
Continua a ser quem és, como és, mesmo com as pequenas e subtis mudanças que a vida te faz… isso é viver. Ignora os comentários alheios de quem opina sobre o que não sabe, e não deve. Escreve o que te apetecer, por mais absurdo que pareça. Escreve, que escrever liberta. Aceita o meu comentário se quiseres, e se não quiseres… sorri e olha em frente. Por ti, que o teu filho precisa da mãe!
Desisto!…