Há momentos, rarissímos, em que me esqueço que sou mãe.
Ontem, com o copo de sangria na mão, os meus amigos, bailarico na Bica e uma mini-saia orgulhosamente vestida, esqueci-me que era mãe.
Nesses centésimos de segundo sinto uma descontração que deixou de existir no dia 25 de Abril de 2002.
Ser mãe é um estado de espírito permanente. É um aperto no coração, uma atenção constante. É o preço dos melhores momentos da minha vida, deste amor que não cabe no peito e chega a ser doloroso.
Há momentos, rarissímos, em que me esqueço que sou mãe. Há instantes em que volto a ser apenas adolescente-mulher… Rir, apanhar uma bebedeira ou dançar até doerem os pés.
Ontem tive consciência de que, por momentos, tinha voltado a… deixar de sentir.
Desde que sou mãe que nunca mais voltei a questior o sentido da vida (e eu sou uma existencialista sem cura). Nunca acordei sem vontade de me levantar. Nunca desisti apesar dos problemas que a vida me pôs pela frente.
O meu filho é o meu maior orgulho e a minha maior alegria.
Mas há momentos em que sinto saudades de leveza que, felizmente, deixei de sentir.
Por isso gosto desses momentos, rarissímos, em que me esqueço que sou mãe.
Obrigada por ter dito o que tantas vezes senti!
Gostei da visita! Voltarei!
🙂 não sou mãe, mas acredito que seja incrivel o sentimento de mãe… jokas grandes
Sabes que tenho momentos que tenho tanto mas tanto medo de os perder, que me apetece adormecer e deixar de o sentir… Eles são o meu maior amor, mas a dor no peito é por vezes tão mas tão grande que assusta, bloqueia, invade…
Um beijo