Desde que tenho o meu blog que conheci uma enorme comunidade de emigrantes jovens. Relatos fascinantes de vivências onde a língua é outra, onde os hábitos são diferentes e se vive de outra forma essa nossa-portuguesa-saudade. Invejo.
Queria fazer as malas, pegar no meu filho, e ir viver uns anos para fora. Emigração temporária!
Mas o D. não deixa. E com razão. Também não quereria que me levassem a minha razão-de-viver para longe.
Fico-me pela inveja e pela leitura assídua de alguns blogs.
Duas pessoas de quem gosto muito estão também temporariamente emigradas. Sendo as situações diferentes em termos temporais.
A L. fartou-se destas fronteiras apertadas para o seu curso de química aplicada. Fez as malas e foi para Londres. Estudar e trabalhar. O namorado da L. largou tudo e foi com ela. Eu acho que foi uma prova de amor. Não sei quando volta. Talvez um dia, quando quiser ter um filho. A L. é uma das minhas melhores amigas. Somos amigas há mais de vinte anos. Plantámos moedas juntas, na esperança que crescessem árvores carregadas de dinheiro (apesar de, anos mais tarde, vir a descobrir que a L. roubava as moedas a seguir). Vivemos a adolescência e os primeiros amores. E todos os amores que vieram a seguir. Chorámos juntas sentadas nas escadas da escola secundária e decidimos ser as melhores amigas. Era por ela que eu gritava quando apanhava as minhas bebedeiras. Mesmo sem telemóvel alguém arranjava maneira de a ir chamar. Hoje é uma tia babada!
A L. é uma mulher racional. Sempre admirei a sua capacidade de avaliar o estado das relações. E admiro ainda mais a sua capacidade para atingir os objectivos que impõe.
O DCC. foi em Erasmus para Maastricht. Volta daqui a um mês.
Gosto do DCC. desde o primeiro momento que o vi. Ele era o miúdo de quinze anos, lindíssimo, e anormalmente interessante para a sua tenra idade. Líder, mas tímido. Eu coordenava o campo de férias. A empatia não foi mútua. A timidez e os bons princípios dele chocavam com a minha atitude mais… aberta (a expressão não é feliz mas não consigo encontrar outra. Fico à espera de sugestões do próprio). Passado um ano reencontrámo-nos.
O primeiro desgosto de amor e novas vivências tinham tornado o DCC uma pessoa mais acessível. Igualmente bonito e cada vez mais interessante (mérito atribuído aos progenitores que conseguiram ter três filhos perfeitos). O DCC é o tipo de homem que, naturalmente, me atrai. A diferença de idades nunca o permitiu. Nem que ele me visse para além de uma irmã-mais-velha. O DCC mantém-se igual ao miúdo de quinze anos que conheci há cinco anos. Lindo, interessante, inteligente e com valores irrepreensíveis (inclui fidelidade e relações-pra-vida-toda).
O messenger torna todas as distâncias mais curtas. Mesmo com os meus emigrantes.
Falei com os dois nesta manhã de sábado. Apeteceu-me falar neles.
Sinto-me com o ego do tamanho do mundo. Axo q a palavra q procuras poderá, de certa forma, ser liberal ou simplesmente relaxada.
De qq maneira sinto-me lisonjeado por a minha irma mais velha gostar tto d mim e por tb gostar dos meus outros irmaos..
Eu tb gosto mto das minhas irmas..
Q saudades!
Seja liberal!
Relaxada não gosto!