Acordo com o mesmo sono com que me deitei. Tento absorver o meu filho durante meia hora. Visto-me à pressa com a roupa que ainda resta depois de três semanas de crescimento exponencial no cesto-para-passar. Está trânsito e tenho sono. E odeio conferências e ar condicionado e já nem reparo se o hotel é de luxo. Está trânsito e não me apetece desgravar uma entrevista em inglês. O meu lugar mudou pela 3ª vez numa única semana. Sento-me e penso que tenho sono e saudades do meu filho e roupa para passar e mais saudades do meu filho. E lembro-me que trabalho no domingo e como detesto desgravar entrevistas. Almoço com a música de fundo de palavras que não entendo. Daqui a meia hora estarei a caminho de Coimbra para outra entrevista. Volto com a esperança de ainda ver o meu filho acordado. E que amanhã o meu lugar esteja no mesmo sitio. E que um dia destes possa dormir com os anjos.
Parabéns pelo blog! Gostei!
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Isto está mesmo a precisar de um almoço!…
(é uma situação extrema!)
Desgravar? Assim como destrocar? Tss, tss…
Agradecida A lice.
Leão, é só combinar.
Meu querido e saudoso Milo! Como diz quando passa uma entrevista do som para o papel?
Afinal não trabalhas hoje 🙂
beijinhos
Trascrever.
Desgravar é equivalente a destrocar ou deslargar.
Leia-se transcrever.
Realço que desgravar me parece aceitável apenas e só no sentido de apagar o conteúdo de um registo fonográfico.
Quando se passa para o papel, transcreve-se.
Querido Milo, seja transcrever. Vou já corrigir.