[se eu corro…] *

* o título deste post foi roubado à Ana [abram o post e ouçam a música]. eu comecei a escrecer este post às 22h, adormeci no lugar de sempre, aquele onde nenuma angustia me rouba o sono mas, todos os dias, tento não adormecer: a cama dos meus filhos. São 4h47 e já fiz tudo aquilo que devia ter feito ontem à noite, à hora em que não podia ter adormecido mas adormeci. a roupa está dobrada, e outra tanta já está a lavar, a cozinha ficou arrumada, as roupas separadas e o almoço do G. na mala. acordei e, no meio do escuridão, tive muito medo que afinal me doesse o joeho. que aquilo de ontem ter corrido 10km sem uma única dor, fosse apenas porque estava tudo a quente. levantei-me devagar, para não acordar os miúdos, e nada. não dói nada [obrigada Inês por, nos últimos meses, com tanta paciência, me teres ajudado a fazer o reforço muscular, que me permitiu isto. obrogada é pouco].

correr salvou-me. é assim como “a vida resolve-se sozinha” são as minhas verdades, aquelas que junto às minhas certezas absolutas e teorias sobre quase tudo. ontem, enquanto corria, com aquele sol maravilhoso, a temperartura ideal, o mar tão azul, e os meus amigos, senti novamente, exactamente da mesmo forma que, há um ano, sentia, que correr salva-me. não são apenas os amigos que fiz, a família que escolhi que vai crescendo, os irmãos-mais-velhos que me protegem, as minhas meninas que perdem o medo de correr. não são apenas os minutos em que consigo estar apenas comigo mesma e descansar a cabeça. correr é o meu equilíbrio.

[e entre corridas, amigos e treinos,Cascais tornou-se um lugar especial na minha vida.]

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