“Uma certeza como esta só acontece uma vez na vida.” [2]

Ver as Pontes de Madison Country enquanto se pensa na vida é um erro sem qualificação possível. Mesmo que quisesse que as minhas lágrimas de crocodilo tivessem sido definitivamente gastas entre as histórias de adopção do People&Arts, a Erin Brockovich e os pontapés e as cotoveladas inocentes e ternas do meu filho enquanto tenta gerir o excesso de masculinidade [a minha mãe bem me diz que eu tenho que o levar à rua para correr – e isto dito assim parace que tenho um cão]. Mas quatro dias de tensão pré-mestrual em todo o esplendor do conceito permitiram-me chorar compulsivamente antes durante e depois daquelas duas personagens dizerem todas as barbaridades que uma pessoa não deve pensar, quanto mais dizer.
Dizem que chorar faz bem mas a mim cansa-me. Eu deixo o meu filho chorar nas crises de frustação e quando cai depois de ter sido avisado vezes quase-infinitas. O meu pai dizia-me se te magoas ainda apanhas por cima e aquilo tinha um efeito psicológico desgraçado apesar de nunca me ter batido nem nada que se aproximasse disso. Ao meu filho digo-lhe apenas se te magoares não te limpo as lágrimas porque eu já avisei. E ele magoa-se e eu gosto de o ver a controlar o choro para não me dar razão. Gosto da força dele.

1 comentário em ““Uma certeza como esta só acontece uma vez na vida.” [2]”

  1. A primeira vez que vi esse filme chorei como uma Madalena desde o início do filme, bendito cinema escuro. Foram lágrimas de causa amorosa não relacionada com o enredo, pelo menos não o do écran. Tinha a minha irmã ao lado que me deu lenços e consolo.
    Chorar também me cansa, mas faz-me bem em pequenas doses.

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