Nascida em Lisboa. Criada em Almada. Aluna de cadernos irrepreensíveis e um medo irracional que me passassem a bola. Adolescente cheia de certezas absolutas. Algures perdi-me. Engordei. Deixei o curso de economia por acabar. Trabalhei em (quase) tudo. Trabalhei muito. Descobri o jornalismo. Fui estagiária e escrevi legendas. Viajei e escrevi manchetes.
Perdi o meu pai. Fiquei desempregada. Descobri que era possível ser mais feliz com menos e que, no meio de todos os mimos, rotinas e prazos, conseguia correr e treinar. Perdi 15 quilos e aprendi a gostar de mim.
Sou mãe de três filhos: o adolescente que foi filho único, o independente youtuber e a princesa pequenina, já com acessos de diva e mau feitio. E eu que julgava que era mãe de rapazes.
Aquilo que mais gosto: escrever. O que? Histórias de amor. Seja qual for a forma de amar.
Este é o diário de uma eterna adolescente. A quem a vida tirou as certezas absolutas mas manteve as dúvidas existenciais.
Fui solteira convicta até aos 37, altura em que encontrei o homem da minha vida, com quem casei de calças de ganga. E eu que julgava que nunca casaria. A vida resolve-se sozinha, não é?
Defensora da poupança e do minimalista mas com acessos consumistas.
Consciente das vantagens de uma alimentação saudável mas também sou capaz de comer este mundo, o outro e mais qualquer coisa.
Com capacidades acrobáticas para treinar, trabalhar e ser mãe a tempo inteiro.
Sou uma conjunto coerente de inúmeras contradições. Já não tenho certezas absolutas mas mantenho diversas dúvidas existenciais. E acredito, acredito mesmo que: Há sempre estrelas cadentes.