Eu sei que na internet podemos dizer tudo e podemos dizer mal de tudo mas na verdade isto faz todo o sentido e sim: devemos pedir autorização ao bebé para mudar a fralda.

Pedir autorização ao bebé para mudar a fralda?

Vi este vídeo. Não conheço os facto mas chocou-me que dissessem que esta “especialista” foi ridicularizada. Eu sei que na internet podemos dizer tudo e podemos dizer mal de tudo mas na verdade isto faz todo o sentido e sim: devemos pedir autorização ao bebé para mudar a fralda.

Naturalmente que não estamos a achar que os bebés nos vão responder. Naturalmente que, estando uma fralda cheia de cocó, vai ser mudada mesmo que o bebé refile. A questão que está neste “pedido de autorização” é ir transmitindo, desde sempre, a noção de intimidade e privacidade.

Ou seja, podemos, ainda que de forma figurativa, avisar sempre que vamos mudar a fralda, numa espécie de pedido de autorização.

“A sexualidade inclui muitos conceitos. Através dela as crianças podem e devem aprender a respeitar o seu corpo, as suas sensações e emoções. Devem aprender a respeitar a diferença entre meninos e meninas. A igualdade de género e prevenção da violência sexual começa desde cedo, no momento em que lhes ensinamos noções de privacidade em relação ao corpo e quando lhes falamos de zonas íntimas e privadas, por exemplo”, explica a sexóloga Vânia Beliz.

Há pormenores na forma como falamos com os nossos bebés, com as nossa crianças, com os nosso futuros adolescentes e adultos que fazem a diferença. Mesmo que nos pareça ridículo e achemos que não nos vai perceber. E eu acredito que são este s”pormenores” que nos abrem a porta para conversarmos sobre temos importantes.

“Não devemos dar informação às crianças que elas não conseguem compreender. Todas as nossas respostas devem ir ao encontro da sua idade, maturidade e curiosidade. Por isso sempre que houver uma dúvida devemos tentar explorar o que a criança sabe e a resposta deve ser adequada, com uma linguagem simples e de forma muito objetiva. Depois da explicação devemos sempre tentar verificar o que aprenderam.”

Pedir autorização ao bebé para mudar a fralda? Sim , eu faço-o. Obviamente que numa espécie de pergunta retórica mas preparado terreno para que os meus filhos percebam o que é isso da intimidade.

 

 

Leiam o post da Joana, outra perspectiva sobre o mesmo video e assunto. 

 

15 comentários em “Pedir autorização ao bebé para mudar a fralda?”

  1. Pingback: Pedir autorização ao bebé para mudar a fralda? - Baby Blogs Portugal

  2. Acho estes modernismos o máximo. Ridículos, no meu ponto de vista. Esta mania dos pais pedirem autorização para tudo, dá em crianças mal educadas, birrentas, mimadas, caprichosas, ditadoras e por ai fora. Os meus filhos nunca fizeram uma birra no supermercado, nunca se atiraram para o chão quando não lhes dei o que queriam. Sempre disseram: “desculpe, por favor, muito obrigada”. Estas crianças de hoje em dia não sabem atravessar uma rua sózinhos, apanhar um transporte, acender um fogão, aquecer uma sopa no microondas. Sei do que falo. sou professora e só tenho visto miséria atrás de miséria, nestes pontos, bem entendido. Não acho normal que uma criança de 14 anos não saiba acender um fósforo, cortar uma batata e por aí fora. Mas todos andam em “n” atividades, todos têm o último modelo de telemóvel, tablet, computador. E também mandam os pais para o “c….lho” com todas as letras quando os pais não lhes obedecem. Quero lá saber de sexólogas, psicólogas e afins. Esta geração de pais completamente dependente das redes sociais e destas “ajudas” todas, estão a criar uma geração de pequenos tiranos e completamente impreparados.
    E pasme-se, a minha filha com 22 anos está a concluir o mestrado em Bioquímica e tem o Proficiency em Inglês, e o meu filho com 19 anos está no ISCTE a fazer Gestão de Marketing. E criei-os sem estas “modernices”. Aprenderam a fazer a cama, andar de autocarro, a tomarem banho sozinhos, a aquecerem a sopa no microondas e nunca os tive que levar à psicóloga par lhes “curar” os traumas!

    1. Minnie

      A minha filha de 2 anos e meio nunca fez uma birra no supermercado, diz se faz favor, obrigada e desculpa, sabe que o “não” é mesmo “não”, nunca levantou a mão, mordeu ou tentou magoar os pais seja de que forma for, não se atira para o chão, arruma os brinquedos e ajuda a pôr a mesa…E a mãe dela (eu) explica-lhe as coisas e, tal como a Catarina, pede licença para as coisas porque acredita que é através do exemplo que muitas coisas se aprendem. Ninguém está a falar de dizer “Bebé, importas-te que eu te mude a fralda, se faz favor?” e acatar o que bebé responder. Mas avisar, prevenir daquilo que se vai fazer, é no mínimo respeitar o bebé. Dar-lhe a mão, interromper a brincadeira e dizer “Agora, vamos mudar a fralda, pode ser?” em vez de pegar na criança sem dizer água vai e levá-la para o muda-fraldas é meio caminho andado para não haver birras para mudar a fralda. E quem diz fralda, diz qualquer outra coisa. E se a criança disser que não, explica-se para que ela aprenda porque é importante fazer aquilo. Aqui por casa tem resultado. Não sei se é moderno, se é antigo, se é alguma educação com nome pomposo. Aqui é instinto. É tratar como gostamos de ser tratados (e nós gostamos todos de respeito).
      Já agora, também conheço adolescentes cujos pais não se dão ao trabalho de explicar nada, é assim porque os pais é que mandam, não pedem, só dão ordens, e os adolescentes são tiranos que nem a cama sabem fazer e que não hesitam em mandar os pais a certos sítios porque é assim que os pais os tratam também. Se calhar, vamos tentar não ser redutores e achar que estas “modernices” é que estragam as crianças.

      1. Não sei bem porque é diz que são modernismos. Para mim não são modernismos, nem teoria x ou y, ou qualquer outro nome que se dê. Trata-se de respeito. Tão simplesmente isso. Respeito pelo outro. No caso dos nossos filhos, respeito pela sua personalidade, respeito pela fase de desenvolvimento em que se encontrem, respeito pelas suas necessidades. É assim que as crianças crescem e chegam a adultos que têm respeito por si e pelos outros. Porque os pais lhes mostraram, desde logo, o que é respeito. E isso pode, e deve-se, mostrar-se através das mais simples e mundanas tarefas do dia-a-dia, tal como mudar a fralda. Porque não estamos apenas a mudar uma fralda. Estamos a mexer numa zona íntima, várias vezes ao dia, todos os dias. Fazemos o que precisamos fazer, mas com consciência do que estamos a fazer e de quem está do outro lado. É respeito.

      2. A senhora pensa de uma maneira, eu penso de outra. Provavelmente tenho idade para ser sua mãe e já vi muita coisa. Hoje em dia é psicólogos para tudo. Porque não se pode gritar, não se pode dar uma palmada, não se pode falar alto, não se pode, não se pode…, ou seja as crianças é que mandam nos pais. Como disse sou professora e esta geração de pais e miúdos pura e simplesmente assustam-me. Dou aulas desde 1989 e nunca vi nada parecido. Não é normal dar a mão a um filho de 16, 17, 18 sem nenhuma limitação física ou psicológica para o ajudar a atravessar uma rua. Não é normal fazer uma comida diferente só porque o menino não gosta do que está na mesa. Daqui a uns anos vai-me dar razão. Os pais acham que os filhos são Nenucos uma vida toda. Dão-lhes tudo, às vezes sem poder (Já vi mães contrairem empréstimos bancários para comprarem consolas para os filhos). Passam o dia fora de casa e acham que tudo se resolve com atividades diárias, com gadgets do mais sofisticados que há, explicações desde que entram para o primeiro ano e com permissividade total.. E dou aulas a crianças a partir dos 12 anos.. Vejo, infelizmente, a miséria que me vem parar às mãos.

  3. Quando se pergunta algo temos que estar preparados para ouvir não. E se pedimos e ouvimos não, aí sim temos que o respeitar. Mudar a fralda, sim deve avisar-se o bebé, manter a comunicação, agora pedir? quando ele começar a falar e disse que não? Faz sentido pedir só por pedir? e baralhar a cabeça da criança porque “pediu eu disse não e tive que fazer na mesma?”, isso é natural? vai passar a ser natural desrespeitarem o que a criança quer, isso sim.

  4. E aos idosos e acamados que usam fralda como devemos fazer? Não me parece que devamos pedir ao bebé para lhe mudarmos a fralda , mas sim dizer que o vamos fazer e isto quando ele já tem uns mesinhos largos e está quase a andar, ou mesmo quando já anda. Surge naturalmente como comunicação entre mãe ou outro cuidador e filho.

  5. Adooooro! Gente que diz que os filhos nunca fizeram birras! Realmente acredito que há crianças mais calmas, mas o número de paizinhos que dizem que os respectivos filhos nuuuuunca fizeram birras, espero que tenham a perfeita noção que respeito e medo, não são a mesma coisa. Há imensa criança que nuuuuunca fez birra por medo dos pais, não porque estes foram um poço de exemplos e virtudes, há imensa criança que nuuuunca fez birras, e mal se apanham na escola são uns bullys de primeira, há imensa criança que nuuuunca fez birra e quando adultos são uns maus formados que não sabem gerir a frustração. Há imensos adultos que no dia à dia, não sabem gerir a má disposição, a frustração de um dia que correu mal, que respondem mal, que vêm para blogs libertarem o fel que lhes atormenta a vida, e exigem que uma criança saiba comportar-se… Pois, está bem! Mostrem-me essas criancinhas que nuuuunca fizeram birra. A minha também nuuuunca fez birra. Aos 3 meses andava, aos 4 lia fluentemente chinês, aos 5 corria maratonas. E vejam lá, sempre lhe perguntei “vamos mudar a fralda?” e sim, várias vezes disse que não, o qual expliquei o porquê. É uma menina que aos 4 anos dentro das capacidades dela, ajuda a pôr a mesa, a levantar a mesa, faz pequenas tarefas em casa, pede desculpa, diz obrigada. Até agora é um ser funcional e respeitador. Tem os seus maus momentos, como todos nós temos, no dia à dia tento ensinar-lhe a gerir o mau estar, a saber o que é um não, que não temos as coisas só porque as queremos. No dia à dia, tenho mais paciência para uma birra de uma criança (mesmo não sendo a minha) do que por exemplo os cretinos que andam na estrada, esses adultos bem formados, ou os paizinhos que acham que uma passadeira é um bom lugar para parar um carro quando vão deixar os seus meninos bem comportados que nuuuunca fazem birras à escola.

  6. Ema, a senhora tem uma enorme falta de educação.
    Os meus filhos nunca fizeram birras em público e não têm medo de mim. Há coisas que não se fazem em público. Chama-se a isso, educação. Ainda bem que a sua filha fala fluentemente chinês. Quando a mandar para algum lado menos educado, como também corre maratonas, a senhora não a vai conseguir apanhar para lhe dar um ralhete. E se deixasse de ser simplesmente mal educada e aprendesse a respeitar a opinião dos outros??? Não ofendi ninguém. Apenas expressei a minha opinião que tem tanto valor como a sua. Porque se eu não fosse bem educada mandava-a simplesmente à merda com o seu comentário estúpido. Pardon my french.
    E não destilo fel, expresso a minha opinião. Não querem comentários a dizer àmen a tudo, deixem de publicar. Eu não tenho redes sociais e vivo muito bem com isso. Não tenho necessidade de expor a minha privacidade em público e nunca me passaria pela cabeça pôr fotos dos meus filhos na banheira ou na sanita. Sou antiga e acredito que há coisas que fazem parte da esfera privada. E só para acabar, umas consultas na psicóloga sobre a temática “Como respeitar opiniões alheias” far-lhe-iam muito bem.

    1. Minnie, ofende-se com pouco. Fui mal educada? Pois, está bem… Se se sentiu ofendida, literalmente é um problema seu. Nas redes sociais todos podemos dizer o que queremos, se isso é verdade ou não, já é totalmente diferente. A Minnie é extremamente desagradável, mal educada, e com uma falta de poder de encaixe atroz. Está tão preocupada com a minha educação (falta) e no entanto em vez de dar o exemplo, é o que se viu. Fico felicíssima que os seus filhos não façam birras. Se não quer perceber o meu comentário, novamente é um problema seu. E sim, agora vou ser altamente mal educada, a Minnie deve muito à inteligência. Pronto, agora sim, pode protestar, DESTA VEZ terá razão se disser que fui mal educada.
      p.s – a consulta deve sair mais barata a dois, quer ir comigo?

  7. Eu até podia compreender esta questão, de dar desde cedo noções de intimidade, se, depois, os pais não tomassem banho com os filhos, ou deixassem sempre a porta da casa-de-banho aberta.
    Penso que é contraditório e confuso para as crianças porque vêem os pais a pedir-lhes autorização para os expor na muda da fralda, mas não vêem os pais a pouparem-nos, ou protegê-los, do seu corpo e da sua privacidade e intimidade de adultos. Nunca vi, não conheço, pais que pedem autorização aos filhos para tomarem banho juntos, nus. E, como já disse, não é um problema (ainda que eu não tenha sido educada assim) mas é contraditório.

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