Já aqui vos tinha falado sobre o Toy Minimalism. Sou adepta desta maneira de estar, não só porque evita um cenário de guerra em que acabo sempre eu a arrumar, como porque eles ficam a ganhar: com menos brinquedos, valorizam mais o que têm, interagem com pessoas e vivem mais presentes.
Mas nem sempre este principio está em prática cá em casa. Os brinquedos, apesar de não comprar muitos, acabam por aumentar durante o ano. E há uma altura em que é preciso voltar a arrumar. Para incutirmos alguns valores aos miúdos, é bom envolvê-los neste processo de desapego. Encontrei um post no Parenting From the Heart Blog que fala sobre isso mesmo: como pôr os miúdos a arrumar. A autora é mãe de duas crianças, uma com três e outra com cinco. Parecem muito novos, sim, mas já entendem, e sabem como usar as mãos e pernas.
No texto revela um dado muito interessante: um estudo alemão concluiu que, nas creches onde os brinquedos foram retirados, os miúdos beneficiavam ao desenvolverem competências sociais e outras ferramentas para a vida, como empatia, criatividade, pensamento crítico e capacidade para resolver problemas.
Não vou retirar os brinquedos todos, logicamente. Mas planeio uma grande limpeza para breve. E os miúdos vão ajudar-me! Como?Através destes seis passos.
1. Envolvê-los no destralhar Pode ser um processo mais demorado porque envolve indecisões e lamentos, mas o princípio é este (e não fica bem se for traduzido, portanto vai em inglês): short term pain, long term gain. Neste processo é bom explicar que os brinquedos vão ser dados a outras crianças que, ao contrário deles, não têm nenhum. Esta é uma forma de dar-lhes a conhecer um pouco desta realidade, bem como de ensiná-los a valorizarem aquilo que têm.
2. Regra: a qualidade deve estar sempre acima da quantidade. Quem tem menos tende a ser mais criativo, segundo uma investigação publicada pela Oxford University. Cada elemento da família envolvido na purga aos brinquedos deve ter um saco para colocar aqueles que vão ser doados ou mandados para o lixo.
3. Brinquedos estragados, fora Se ninguém se lembrou deles no último mês, não vale a pena pensar duas vezes. Lixo!
4. As perguntas essenciais a que devemos ajudar os miúdos a arrumar responder:
- O brinquedo é versátil? Funciona de várias formas? Por exemplo: os Legos são, porque se montam, desmontam e dão para um sem-número de construções diferentes. Esses brinquedos devem ficar. Os mais limitados devem ir.
- O miúdo ou miúda brincam frequentemente com o brinquedo ou costuma ficar esquecido durante semanas. Tudo aquilo que fica esquecido durante mais de um mês não é muito relevante. Fora.
Também é importante não ter problemas em deitar fora brinquedos que foram dados por outras pessoas. É difícil, sim, mas pensem: o pragmatismo tem de vir primeiro.
5. Regra dos 20 brinquedos. Pode ser difícil chegar lá, mas é uma questão de dar tempo ao tempo.
6. Limpar os brinquedos que ficaram para afastar germes, bactérias e todos esses seres vivos minúsculos que eu odeio. Para terminar, arrumar tudo direitinho. Em casa, a autora do blogue, põe uma música e lança o desafio que é divertido e acelera o processo: tem de ficar tudo arrumado até ao final da música.
Já que falamos de miúdos a arrumar, já viram o post sobre as coisas que devemos parar de fazer pelos adolescentes?
A roupa linda da Maria Luiza é da Macaquinho. Este fim de semana vão estar em Leiria.
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