comer o cansaço

“comer o cansaço”

às leitores que se queixam que falo demasiado sobre comida, peso, e outros lamentos podem parar por aqui porque o tema é esse mesmo. outra vez. voltem amanhã. isto é recorrente mas não dá para dois dias seguidos.

ontem, a propósito de umas fotografias concluí que desde o Verão engordei uns três ou quatro quilos. porquê? obviamente porque comi mais do que o necessário. e porquê (repetirão vocês e repito eu)? porque nada me dá tanta fome como estar cansada. não descobri nada de novo. o sono é essencial ao equilíbrio. mas faz-me bem aceitar e assumir que faço parte do grupo de pessoas a quem o stress e outros desequilíbrios  variados fazem engordar e não emagrecer.

e alguns de vocês poderão pensar: isso são desculpas. pois são. mas há momentos da vida em que não damos para mais, em que não conseguimos que a organização e o foco chegue a tudo. e eu acho que nesse momentos devemos mesmo pedir desculpa e aceitar.

atenção! ainda no outro dia quando sugerir que deitássemos as balanças fora expliquei que aceitação e desleixo são coisas completamente diferentes – ainda que facilmente confundíveis.

aceitarmos que há momentos bons e momentos menos bons, gostarmos de quem somos muito para além do peso, sermos tolerantes, tudo isso faz parte dessa urgência que é gostarmos de nós.  não termos força para tudo não significa que somos fracas.

num mundo ideal existia um “banco de quilos” onde as mães exausta com tendência para emagrecer (e que detestam ver-se ao espelho nessas alturas) recebiam os quilos das mães exausta com tendência para engordar (e que detestam ver-se ao espelho nessas alturas). enquanto não chegamos a essa troca perfeita vamos todas gostar mais do que vemos ao espelho.

e esperar por noites mais calmas para deixar de comer o cansaço.

 

 

 

fotografia: Pedro Góis

 

 

11 comentários em ““comer o cansaço””

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  2. Trocava de bom grado 🙂 o stress a mim só me dá para emagrecer… já vou nos 51kg (acho que há mais de 15 anos que não pesava tão pouco). Felizmente o pequeno por cá dá boas noites (se calhar é esse o problema :p)

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  4. Catarina, gosto de ti e do teu blogue, por seres genuína. Falas do que é a normalidade da maioria dos seres humanos.
    Nunca deixes de ser verdadeira contigo própria e com os teus leitores.
    E o peso não tem de ser uma luta. Tu tentas estar como gostarias e fazes por isso.
    Mas somos humanas e não temos de ser perfeitas
    Beijinho com carinho.

    1. Margarida Santos

      Fala-nos da sua experiência. Imagino que terá os ditos 12.
      ou então não e é só vontade de destilar veneno.

      Se era só para dizer o que disse porque não foi antes comer um docinho? Olhe que lhe fazia bem… Nesta casa há amor e amor é coisa que dá trabalho e trabalho é coisa que cansa.

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