6 dicas essenciais para controlar as birras dos miúdos

o Gonçalo era um anjo. o Afonso atirava-se para o chão e fazia daquelas cenas dramáticas que tiram qualquer pessoa do sério. a Maria Luiza ainda é pequena e eu sei que cada filho é uma descoberta mas eu acredito que a experiência há-de servir para alguma coisa. pronto, eu tenho alguma esperança que sirva!

atenção! os conselhos que vos dou neste post são o que funcionam cá em casa, comigo. aliás, têm-me dado jeito em muitas outras situações da vida, quer seja com os pais, namorados, familiares, irmãos. porque isto das birras servem para crianças e crescidos. utilizem!

 

Controlar as birras em 6 passos!

1.  Sobre a voz. gritos só geram gritos. Isto aprendi com a minha querida mãe-professora que nunca levantava a voz enquanto dava aulas. Se o miúdo está a chorar, não vale a pena começar a gritar por cima. toda a gente se enerva. ninguém se acalma.

 

2. Sobre a postura. A voz não deve levantar mas podemos comunicar através da postura do nosso corpo e da forma como olhamos. Ser firme.

 

3. Sobre consequências. Devemos pensar nas consequências daquilo que estamos a impor perante uma birra, não só para eles, mas também para nós. Quando o Gonçalo era miúdo proibi-o de ver televisão durante cinco dias e não correu bem (não cedi, mas foi um inferno). Devemos ser razoáveis e realista naquilo que impomos. É preciso certeza absoluta que a vamos cumprir.

 

4. Sobre saber ignorar. Por mais caótico que seja o cenário – em casa de amigos, no meio da rua – se não estamos com capacidade para agir (ou reagir) mais vale estar quieta. A minha sugestão é mesmo fingir que nada está a acontecer. Se for preciso pegar ao colo, de forma querida e afastar – uma birra pode ser uma reação à frustração mas também uma chamada de atenção.

 

5. Sobre carinhos. Às vezes um abraço apertado é o que basta, porque este contacto físico acalma o disparate.

 

6. Sobre conversar. Tentar conversar no meio das lágrimas e berros não vale a pena. O melhor é esperar e, depois, conversar à medida deles, quer do ponto de vista físico (estar à altura deles), quer em termos de conteúdo. importante ser firme e confirmar se eles perceberam a mensagem.

 

Eu também já fiz birras, sabiam?

controlar as birras dos miúdos pode ser uma missão impossível. espero que estas dicas ajudem!

8 comentários em “6 dicas essenciais para controlar as birras dos miúdos”

  1. Palavras sábias. Eu juro que NUNCA vou entender o porquê de pais e mães tratarem os filhos como se cães ou gatos fossem – animais de outra espécie, incapazes de entender palavras ou de serem minimamente racionais.
    Tenho imenso temor das pessoas que veem educação bem dada no que lhes fizeram os pais e avós ao lhes baterem, chacoalharem, gritarem e outras agressões. Penso eu que há sempre um animal dentro delas, esperando um descuido para sair e gritar, chacoalhar e mesmo bater no próximo. Afasto-me.

  2. Ana Cristina Ferreira

    Aqui em casa não foi fácil. Concordo com todos os conselhos que aqui deixaste. Quero apenas dizer que começámos por colocar uma pergunta muito simples mas com um alcance extraordinário: “queres um abraço? ”
    O pequenito respondeu sempre que sim, que queria. E nós dávamos um abraço bem prolongado e assim acalmava-se o filho e os pais. Depois conversavamos muito sobre o que tinha acontecido. Com calma, sem fazer cara feia e com muito amor, resultou. Quando demos por nós, as birras deixaram de ser assunto de conversa cá em casa. Sejam felizes!

  3. Pingback: 6 dicas essenciais para controlar as birras dos miúdos - Baby Blogs Portugal

  4. As minhas filhas não fazem birras. Não fazem, porque eu não deixo.
    Quando estão no ponto de birra, naquela curva ascendente, digo o nome delas pausada e lentamente. Quando estão a fechar-se, quase quase antes dos gritos – que já os ouve – ajoelho-me junto a elas, chamo-as pelo nome uma, duas, três, quatro, cinco vezes, as que forem preciso. Um mantra só para elas, sempre no mesmo tom, firme (eu faço um esforço) mas sem grito, uma mão pousada no ombro.
    Depois, quando os olhos se focam nos meus, falo com elas: porque é que estás assim? Começa o gemido, volto a chamar pelo nome. “Achas que faz algum sentido fazer uma birra?”
    Se acaso isto não resulta, levanto-me e digo: “gosto de ti, sabes disso, mas não vou ficar a ver a tua birra. quando quiseres vem ter comigo”
    Estendem os braços, pego-lhes ao colo, sentamo-nos no sofá enquanto lhes limpo a lágrima que ainda se soltou.
    “Gosto de ti, mãe”.
    E eu sei disso

  5. Eu costumo dizer que o meu filho, que tem agora nove anos, nunca fez birras. Mas às vezes não sei se sei. Ele nunca se atirou para o chão a espernear e nunca ficou mais de 5 minutos a gritar. Também nunca me bateu. Talvez “birra” seja uma coisa de adultos. Uma noção que não existe para uma criança. O meu filho chorou e gritou em público muitas vezes. Sentiu-se muitas vezes frustrado ou irado comigo ou com acontecimentos. Mas eu nunca lhe disse que ele estava a fazer uma birra. Em momentos mais difíceis, afastava-o do local (se via que estava a incomodar) e dizia-lhe: filho, estou morta por pegar em ti ao colo e dar-te beijinhos, mas assim não consigo. Sentava-me ao lado dele ele vinha logo aninhar-se ao meu colo. Nunca falei com ele sobre isso quando era pequenino. Mais tarde, pelos três ou quatro anos, quando começava a chorar, eu dizia-lhe: olha, tu já sabes falar (e bem!); em vez de chorar não preferes dizer-me o que sentes ou pensas? Eu pedir-lhe para falar ajudava-o acalmar-se porque é impossível dizer coisas coerentes com soluços pelo meio. Já mais tarde, começamos a falar sobre isso com mais detalhe, mas nunca nos momentos difíceis. Só depois, quando ele estava calmo e disponível para pensar no assunto. A falar, podíamos perceber juntos o que despoletava aqueles comportamentos e ajudá-lo a reconhecer os sentimentos de desconforto (sono, cansaço, fome, medo, etc.) para agir antes de ficar descontrolado. Com ele já mais velho, também se tornou mais fácil estabelecer regras muito fixas, que ambos cumprimos sempre escrupulosamente (sair imediatamente do sítio, não voltar lá durante x tempo, etc.). Enfim, uma experiência como tantas… mas positiva!

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