já falei muitas vezes sobre isto e continua a ser o meu sonho: viver em comunidade.
No meu mundo ideal, imagino um prédio ou uma casa antiga e um jardim enorme. Espaços privados (quartos, casas de banho e uma sala) para cada família (eu tenho tudo imaginado para quatro agregados) e espaços comuns: uma sala de estar, uma gigante cozinha com copa e um espaço para as crianças (sala de brincar e de estudo). A comida é feita por escalas, quem saísse primeiro de casa levava as crianças à escola e quem regressasse mais cedo do trabalho ia busca-las. Nada de pagar atl’s. Alguém ajudava nos trabalhos de casa e outra pessoa organizava jogos. As contas de supermercado, da água e da luz são partilhadas, a máquina de lavar e secar roupa seria comum. (…) Ao domingo almoçávamos todos juntos numa enorme mesa na copa da cozinha ou no jardim.
pensei muitas vezes que este sonho nascia da necessidade enquanto família monoparental. enganei-me. nesta altura somos dois adultos e continua a ser a minha noção daa forma perfeita de viver. para cada um individualmente e para a relação do casal. seria tão mais fácil deixar os miúdos em casa, com as pessoas que são família e com quem estão habituados a estar, e ir ao cinema, jantar fora ou dançar até de madrugada.
o meu fim-de-semana foi assim. o homem não está e os meus amigos família ficaram em minha casa: ajudaram no banho e prepararam o jantar enquanto tratava da miúda. jantámos todos e adormecemos no sofá enquanto víamos um filme [e a Maria Luiza no meu peito]. esta manhã fiz panquecas enquanto a miúda dormia a sesta no colo da tia. depois de mamar enquanto as tias preparavam os ovos e os espargos e o tio foi comprar umas coisas que faltavam.
É assim um casamento diferente. Uma república de adultos. Uma aldeia na cidade. Naqueles dias em que pensamos num mundo melhor, é nisto que eu penso. Contas partilhadas, preocupações partilhadas e apoio. É assim que imagino.
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Olá, apesar de ler o seu blog há algum tempo é a primeira vez que deixo um comentário. Tenho o privilégio de viver assim, em comunidade com a minha família. Somos três irmãs e tínhamos o sonho de construir uma casa que nos permitisse viver assim. O meu cunhado que é o melhor do mundo realizou-nos o sonho, comprou a casa fez as obras e ofereceu-nos a possibilidade de viver tal como descreve, cada uma tem a sua casinha, há um quarto para o avô, e um quarto para a avó que vem do Alentejo quando lhe apetece para passar uma temporada e volta quando lhe apetece, porque “é livre como um passarinho” como ela gosta de dizer, as refeições são feitas sempre juntos, a roupa é tratada em conjunto, a minha irmã está em casa por opção para tomar conta da criançada, são 4, eu tenho duas filhas, a minha irmã um filho e uma filha. Como o orçamento era curto trabalhamos muito na construção da casa, fomos nós que colocamos o soalho flutuante de todo o espaço, derrubamos paredes, fizemos muito kilos de cimento, montamos cozinhas etc. Nunca me canso de agradecer esta dádiva, sou uma privilegiada.
que máximo! e que inveja da boa.
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Não sou a única… 🙂 acho que não somos as únicas. E, no entanto, não se vive assim, não me perguntes porquê, que eu também ainda não percebi, mas se encontrares a nossa casa, avisa, sim ? (e tem sido giro, ver a tua vida estes anos, e o que tudo tem mudado, de tantas maneiras)
Não sei se seria o meu sonho, porque começo logo a imaginar os “ses”…, mas parece me o ideal de vida , viver em que cada um dá o que pode e a felicidade aumenta e a qualidade de vida aumenta, e o tempo para se estar em família aumenta, em que o amor e a cumplicidade aumentam….Só uma nota de rodapé, que faltou aqui, que acho que a Catarina ia adorar, uma Horta! Em que cada um plantava e quando fosse para cozinhar a base seria o que viria da horta!
Chá! sempre chá! Sou assim também 🙂
Maravilhoso texto, já sou fã há algum tempo *
Convido a ver o meu último post,
xx,
Love on Hands
Também sonho assim…
🙂
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Não é um conceito nada utópico nem difícil. É só um voltar ás raízes que nem estão assim tão longe no tempo. Foi a modernidade que chegou depressa demais. Nós somos da geração que ainda viu muitas famílias originalmente assim e cabe a nós mudar o paradigma novamente. Seriamos verdadeiramente mais felizes e resilientes.
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Também eu, mas cá em portugal o arranque está a ser complicado.
Noto que as pessoas depois de tudo feito, não se importam de investir, mas o caminho não gostam de o fazer, e penso que é essencial para nos conhecermos e ver se temos espírito para viver nessa comunidade 🙂
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